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quarta-feira, agosto 12, 2009

A Idade Média voltou

Se a Idade das Trevas voltasse a ser regra no mundo em que vivemos, uma coisa certamente não seria necessário reinventar: máquinas de tortura. Tudo porque um viajante do tempo bem atento iria encontrar tudo o que precisa para causar dor e desespero em qualquer academia.

Sim, qualquer uma. A minha, a da minha colega de trabalho (oi, Natália) e da minha irmã possuem as mesmas engenhocas capazes de fazer você suar frio - literalmente. A mana chegou a me dizer esses dias que os aparelhos foram feitos à mão pelo próprio Demo e enviadas especialmente para nós, humanos. Credo.

Eu nunca fui muito a fim de academia, mas, diante do diagnóstico de hipertensão (aliás, eu estou no grupo de risco da H1N1 - ha!), resolvi que era isso ou ter que tomar remédios para todo o sempre. Escolhi a parte que me parecia ser mais saudável - burra que sou, né, ao invés de pensar na mais prática e menos dolorida! Ok, ok, era a opção mais bonita, remédios fazem mal e blá blá blá.

Voltando. Decidi então que, se era para fazer, então que fosse de uma vez. Comecei na academia perto de casa, cinco minutinhos à pé. Todos os dias, de segunda à sexta, por volta das oito da manhã. Uma hora de treino, alternando entre o cardio (corrida) e a musculação - o foco deste post. A corrida se faz na esteira e o máximo que pode acontecer é você ser levado por ela, cair de boca no painel e quebrar todos os dentes - isso num cenário bem trágico. Coisa boba.

Já a musculação, não. Primeiro, existem aparelhos que fazem você deitar e jogam um peso imenso no seu peito. Horror! Depois vem os que prendem as suas pernas, fazendo um "sanduíche" com encostos almofadados em cima e embaixo, enquanto você heroicamente empurra os pesos com as pernas. Ah, sim, para glúteos, você empurra o peso para trás - é como dar um coice e sentir que sua perna pesa mil vezes mais. E o que dizer dos abdominais? Praticamente tortura chinesa - será que já sabiam disso na era medieval?

Bom, o fato é que, enquanto eu descansava entre uma série e outra - ao menos isso a gente tem - eu fico olhando para os aparelhos. Sério, gente, são aparelhos de tortura medieval. São complexas engenhocas que puxam, torcem, forçam, esticam, esmagam e empurram cada músculo do seu corpo. Deitado, sentado, em pé, de frente, de lado, de costas: todas as posições são usadas em diversas combinações que causam, sempre, dor. Invariavelmente. Pode ficar esperto: se não doeu, é porque você não mexeu o músculo direito.

O pior de tudo, o mais ridículo, é que nós ficamos lá porque queremos. É isso aí. Amanhã eu vou acordar toda dolorida, me sentindo atropelada por um ônibus, porque eu quis. E todo mundo lá quis também. É até engraçado ver o pessoal puxando 50 quilos, fazendo 500 abdominais - é um sufoco, uma respiração ofegante, uns ruídos guturais de desespero...

Doer, dói mesmo. Mas fazer o quê? Como diria vovó, é um mal necessário...

2 comentários:

Lizani disse...

Pois é! Eu faço tudo isso na minha horta e pelo menos tenho o consolo de produzir algo saudável pra comer e não engordar!Durmo pouco porque a dor nos ossos e músculos é inominável! Meus instrumentos de torturta se chamam enxada, pá, picareta, ...Cada pedra, raíz de árvore que arranco pra dar lugar a uma cenourinha, arrancam de mim um pouco da ansiedade, depressão, blá,blá,blá.E todo dia quando pego minhas hortaliças pra cozinhar tenho literalmente em minhas panelas o fruto da minha tortura. Mas vale muito à pena!
Já falei: vai morar na roça!

I love you!

Anna disse...

É por isso que eu nado. Dói do mesmo jeito, mas pelo menos não envolve aparelhos esquisitos... OK, envolve óculos e touca, duas coisas que deixam qualquer um ridículo, mas, que jeito...! :)