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quinta-feira, junho 17, 2010

Tempo

Pensar em tempo é uma coisa meio estranha. Quantas vezes um minuto passou mais rápido que um milionésimo de segundo - e quantas vezes um segundo se arrastou por horas? Eu tinha um professor de física - biruta, coitado - que sempre me dizia: tempo é só uma convenção social, uma forma de nos organizarmos nesse caos que é o universo. Porque, de verdade, o tempo mesmo é que eu, você, nós sentimos aqui dentro, no peito.

E, às vezes, a gente precisa de um tempo. Em qualquer "área" da sua vida, às vezes as coisas simplesmente saturam e você não consegue ver mais nada de forma imparcial e objetiva - uma maneira meio burocrática de se viver, é verdade, mas que igualmente se mostra necessária se quisermos um pouco de paz vez por outra. Às vezes, as situações chegam no limite, você chega ao seu limite e simplesmente... não dá.

É quando bate a aquela vontade de fugir, de sumir, de ir embora para uma ilha deserta e ficar olhando o mar enquanto toma água de coco. Não é que você de fato queira sumir - é apenas uma vontade, momentânea, de se ver livre de pensamentos e necessidades; de flutuar no cosmos como uma pluma, observando apenas o ar passando pela sua estrutura.

É engraçado, porque o mais próximo que chegamos ao descrever essa sensação é "quero sumir". Mas não é isso ainda. É simplesmente uma vontade de ir embora, esquecer, começar de novo, do zero. De dar um tempo.

Apesar de ser totalmente favorável ao "dar um tempo", eu não sou o tipo de pessoa que tem paciência para isso. Se me dão um tempo, eu já parto logo para o vai ou racha - e geralmente racho. Se eu dou o tempo, fico impaciente, angustiada, imaginando que aquilo nunca mais vai ser solução. E, embora eu realmente acredite que o tempo seja necessário às vezes, até mesmo para você dar um "control+alt+del" na máquina, não me sinto confortável em aceitar a situação.

Na verdade, pensando bem, acho que eu mesma preciso me dar um tempo. Mais uma vez, o passo mais difícil de todos.

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