Hobby

Eu não tenho um hobby. Quer dizer, eu adoro ver séries de tv e ir ao cinema, e também gosto muito de viajar e ler revistas de viagem. Mas isso não é um hobby.

Hobby, para mim, é como o que a Nat amiga (oi!) tem: todo final de semana, religiosamente, ela desce para o litoral de São Paulo para pegar onda. Comprou prancha e entrou numa escolinha de surfe, tudo bonitinho. Depois disso, ela mudou bastante, ficou mais feliz, mais... realizada. Não importa se os dias no trabalho são ruins; basta descer a serra (e ela já fez isso até numa quarta-feira, bem cedinho para não atrapalhar o horário de trabalho!) que as coisas se resolvem.

Isso é um hobby de verdade. O Lucas também tem um: ele tem uma guitarra. Com ela em mãos, ele se transporta para outro universo, longe dos problemas, longe de tudo.

Eu não tenho um hobby assim. Quando era mais nova, lá pelos meus 15 anos, meu hobby era escrever. Cartas de amor, poemas, cartas para o universo. Até por isso eu criei um blog - passava horas escrevendo textos e conhecendo o mundo, as pessoas, discutindo a vida com pessoas tão diferentes e interessantes.

Mas eu fiz do meu hobby a minha profissão e, bom, na verdade eu nem sei se era mesmo um hobby. Porque, pensando bem, um hobby é algo... manual. Algo mecânico, que não te faça pensar ou agir depois de alguma análise. Um hobby deveria ser algo feito naturalmente, para que, enquanto você o faça, a sua mente tenha tempo de pensar em qualquer coisa, de viver a vida, de ficar em um total branco, se essa for a necessidade.

Já pensei em jardinagem, culinária, decoração. Corrida - apesar de que, para mim, essa história de que exercícios físicos liberam endorfinas não funciona (odeioooooo). Enfim... eu não tenho um hobby. E por esses dias eu queria muito, muito, ter um hobby. Para ter uma horinha para mim mesma sem pensar em mais nada.

Um hobby. Sugestões?