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domingo, março 07, 2010

Da falta de sensatez

Em primeiro lugar, eu preciso me desculpar. Tenho estado ausente. Me lembro todos os dias de algo legal, bacana, engraçado, irônico, profundo - enfim, de alguma coisa que me dê uma vontade irresitível de sentar aqui, diante dessa tela vazia, e escrever. Mas o problema é que esses momentos duram apenas alguns segundos, e logo em seguida um caminhão de coisas "reais" é despejado na minha mesa e eu tenho que lidar com tudo até o fim do horário do meu expediente (o que não quer dizer muito, já que eu sou uma jornalista - não temos expedientes normais). Mas, enfim, essa enrolação toda é apenas para dizer que a vida está mudando rápido - de novo com força turbo - e eu estou aqui, tentando sobreviver. Mas isso vai durar pouco. Aguardem esclarecimentos posteriores!

Isso posto, encontrei finalmente tempo para respirar tranquilamente (sim, sim, passar o domingo na casa dos pais sempre é um alívio) e cá estou, sentada em frente ao computador, discorrendo sobre a minha vida. E devo dizer que essa semana uma coisa muito importante aconteceu.

Na verdade, ok, não foi, assim, tããããão importante. Mas foi um momento revelador. Uma epifânia, talvez; um daqueles instantes em que você se sente, bom, confortável. Consigo mesmo(a), com as suas decisões, a sua vida. É um daqueles momentos em que você de fato sabe que decidiu bem, que você é "o" cara. Enfim, você está se achando, se sentindo o máximo, e entende finalmente, durante esses minutinhos preciosos, que você tem razões suficientes para justificar tudo isso de forma racional.

Foi durante uma discussão corriqueira sobre em que restaurante iríamos almoçar. Eu e a turma do trabalho. De repente, assim, como um raio atingindo a sua cabeça (ou um daqueles "uploads" megarápidos do filme "Matrix" - comentário nerd, sorry...), eu entendi de uma só vez a dinâmica da equipe. Das pessoas. O jeito, os anseios, as atitudes que estavam por vir. E o que eu vi não me surpreendeu: eu já sabia. Nunca quis admitir, sempre preferi fazer a política da boa vizinhança - o que é incrivelmente difícil e incômodo para alguém com excesso de sinceridade como eu. Entretanto, para o bem geral da nação, eu tentei. E tentei. E tentei de novo.

Só que, diante das atuais circunstâncias - ou seja, da minha demissão. Ah, é, ahn... eu me demiti! - eu não preciso mais disso. Eu não preciso fazer jogos, eu não preciso esconder opiniões, eu não preciso agradar ninguém. As minhas obrigações estão no fim, e eu simplesmente não tenho motivos para pensar a longo prazo. E aí, bem, eu entendi muita coisa. E uma delas foi essa dinâmica. Num primeiro momento, fiquei indignada, com tudo. Depois, juro, achei graça. E me senti aliviada. Não apenas não pertencia mais ao que estava rolando ali, como também não estava engolindo nada, ou fazendo política, ou bancando a mocinha.

Eu não estou mais ali de fato. E isso, sem dúvida, é uma das sensações mais libertadoras que eu tive o prazer de experimentar.

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